quarta-feira, 25 de abril de 2007

PASSA UMA BORBOLETA

PASSA UMA BORBOLETA.

Alberto Caiero

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento.
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta.
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor
A borboleta é apenas borboleta
E a flor apenas flor

domingo, 22 de abril de 2007

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PROVA DE FILOSOFIA2

I – ASSINALE COM V, AS ALTERNATIVAS CORRETAS E COM F, AS CONSIDERADAS FALSAS.

1 – ( ) Filosofar é algo muito profundo, ao alcance de poucas pessoa se sem nenhuma importância para o cotidiano dos seres humanos.
2 – ( ) Uma verdadeira reflexão filosófica precisa ser radical, rigorosa e de conjunto transcendendo as circunstâncias em que estamos inseridos, mas sempre levando em conta as nossas raízes.
3 – ( ) Os primeiros filósofos viveram na Grécia Antiga e buscaram uma explicação racional para os fenômenos da natureza.
4 – ( ) Os principais filósofos chamados de pré-socráticos foram Sócrates, Platão e Aristóteles.
5 - ( )Sócrates desenvolveu um método denominado de mauêtica que significa parto das idéias.
6 – ( ) Radical em filosofia é equivalente à intransigência.
7 – ( ) A explicação mítica desenvolveu uma cosmogonia, ou seja uma descrição do cosmos.
8 – ( )Uma atitude filosófica é necessariamente uma atitude de busca daquilo que se esconde sob as aparências.
9 - ( ) Aristóteles foi aluno de Platão mas discordou de seu mestre em relação a teoria do mundo das idéias.
10 ( ) O passado é aquilo que passa e não tem nenhuma interferência no dia a dia das pessoas.
II – ELABORE UMA JUSTIFICATIVA PARA AS QUESTÕES CONSIDERADAS FALSAS.

III RESPONDA:
Quais as questões contidas na Alegoria da Caverna?
Por que Sócrates foi julgado e condenado por um tribunal ateniense.
IV COMENTE

A paz é uma pomba branca

As respostas que tenho, e que a maioria tem geralmente são ilusões
Mas vou tentar falar de paz, periferia e guerra.
A paz é uma pomba branca.
Se uma criança pobre soprar, suas asas não se mexem.
Se um detento a segurar, sentirá seu peso como se fosse chumbo.
Se uma senhora aposentada a acolher em seus braços não sentirá o calor.
Se um desempregado olhar bem em seus olhos nela não verá alegria.
Se um professor a estudar, aos seus alunos não poderá ensinar.
Se um menino ou menina desse grande Brasil periferia a olhar voando, não saberá o que ela significa.
A paz é uma pomba branca.
Que apesar de tudo ainda continua voando.
E todos a vêem,
Mas só quem merece realmente a conhece.
Paz só a quem merece.
E aos que não, Guerra.

Ferréz – texto feito para o disco Direto do Campo de Exterm

PROVA DE FILOSOFIA1

I – ASSINALE AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
1 – Seja a filosofia o que for está presente em nosso mundo e a ele necessariamente se refere. Certo é que ela rompe os quadros do mundo para lançar-se no infinito. Mas retorna ao finito para aí encontrar o seu fundamento histórico sempre original”. Jaspers, C, Introdução ao Pensamento Filosófico, S. Paulo, 1971 p138)
O filosófo Jaspers afirma que:
A - ( ) filosofar é algo muito profundo, ao alcance de poucas pessoa se sem nenhuma importância para o cotidiano dos seres humanos.
B - ( ) para filosofar é preciso transcender as circunstâncias em que estamos inseridos, mas sempre levando em conta as nossas raízes.
C ( ) a filosofia sempre permanece no plano das idéias sem nenhuma preocupação com suas origens.

2- “A idéia de atribuir a essência de todas as coisas a um único elemento fundamental foi extremamente importante, mesmo que para nós, ela possa parecer ingênua. Pela primeira vez na história, respostas sobre o funcionamento do mundo natural foram buscadas na mesma natureza e não por ações sobrenaturais dos diversos deuses”(Marcelo Glaiser)
As afirmativas do autor referem-se:
A – ( ) ao nascimento da ciência e da filosofia a partir das investigações dos primeiros filósofos, os pré-socráticos.
B- ( )às explicações dos fenômenos da natureza, valendo-se apenas das explicações míticas.
C – ( ) às investigações dos filósofos atenienses: Sócrates, Platão e Aristóteles.

3. –“ Ora, o que a Filosofia faz, na acepção tradicional que vem de Platão e Aristóteles, é justamente isto: ela põe certas perguntas que nos obriga a olhar o banal como não mais banal. Tudo com o qual estamos acostumados, fica sob suspeita, sob o crivo de uma sentença indignada, e então deixamos de nos verem acostumados com as coisas que até então estávamos acostumados!” (Paulo Ghiraldelli Jr)
Ghiraldelli afirma que:
A) ( ) Platão e Aristóteles preocupavam-se apenas em responder as perguntas com obviedade.
B) ( ) O papel da filosofia é fundamentalmente é desbanalizar o banal.
C) ( ) devemos nos acostumar com as coisas como elas se apresentam,de maneira passiva.

4. Refletir significa voltar o pensamento, pensar o que já foi pensado. Uma reflexão filosófica precisa ser:
A. ( ) radical no sentido de intransigente
B. ( ) radical no sentido de ir até a raiz dos acontecimentos.
C. ( ) livre no sentido de não seguir um método.


QUE QUESTÕES FILOSÓFICAS ESTÃO IMPLÍCITAS NOPOEMA DE DRUMMOND

Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
O meu nome é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
III . ELABORE UM PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE OS SEGUINTES TEXTOS:

1. O grego Epicuro (341-270a.C) tinha sua escola em um jardim – kepos – com árvores frutíferas que ele mesmo cultivava. Epicuro considerava a filosofia não como uma instrução e aquisição passiva de informações mas como uma atividade que, através de um generoso sentimento, a philia (amizade) ultrapassava a dimensão da sabedoria contemporânea e se expande em amor à humanidade. O logos filosófico traz a verdade iluminadora; é o discurso que se faz pharmakon (remédios) que dissolve crenças e superstições – fonte de medo e dos males da alma. Seu objetivo “não é instruir os homens, mas tranqüilizá-los”.
O pharmakon filosófico é o discurso terapêutico que busca a autarquia da alma e do corpo, o domínio da dor do corpo e da alma pela filosofia: “nunca se adie o filosofar quando se é jovem, nem (se) canse de fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz”. A noção de felicidade, por mais indeterminada que seja, é objeto da filosofia e da medicina. Para os gregos, a ciência era a busca da justa vida e do bem-viver. (Matos, Olgária. Filosofia a polifonia da razão)

2. 1. “Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo feitinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos”( Saint-Exupéry, A . de. O Pequeno Príncipe, p 700

O QUE É FILOSOFIA

O que é a filosofia?
Paulo Ghiraldelli Jr
Admiração e Desbanalização
Platão e Aristóteles deram à filosofia uma de suas melhores definições. Eles viram a filosofia como um discurso admirado e/ou espantado com o mundo. É difícil abandonar a idéia, que vem dos clássicos gregos, de que um discurso que fala sobre o mundo e que responde questões do tipo "o que é um raio?", "como acontece um raio?", é um discurso curioso como discurso da ciência , mas que não denota alguém tão admirado e/ou tão espantado quanto aquele que pergunta "o que é o que é?"  uma pergunta do discurso filosófico. As perguntas da filosofia mostram uma atitude de máxima admiração, pois demonstram inquietude com aquilo que até então era o mais banal. Se alguém pergunta "o que é que é?", este alguém está criando a desbanalização de algo super banal, que é a condição de ser, o que até então não havia preocupado ninguém. Nós, por exemplo, estamos cotidianamente preocupados em saber coisas que não sabíamos. Agora, perguntar pelo ser das coisas que queremos saber o que são, nos parece meio fora de propósito por que teríamos de perguntar pelo que é tão banal? Ora, o que a filosofia faz, na acepção tradicional que vem de Platão e Aristóteles, é justamente isto: ela põe certas perguntas que nos obriga a olhar o banal como não mais banal. A filosofia, então, é o vocabulário com o qual desbanalizamos o banal. Tudo com o qual estamos acostumados, fica sob suspeita, sob o crivo de uma sentença indignada, e então deixamos de nos verem acostumados com as coisas que até então estão estávamos acostumados!
O Saber Ignorante
Todavia, creio que se fosse perguntado a Sócrates "o que é a filosofia?", ele, se viesse a entender a pergunta, não a responderia como Platão e Aristóteles, ainda que não os desmentisse. Sócrates esteve mais disposto a fazer filosofia do que erigir uma discussão meta-filosófica. Estava disposto a fazer da filosofia um trabalho com conseqüências mais drásticas do que as vistas por Platão e Aristóteles. Ele não estava interessado na admiração ou no espanto com o que é banal no mundo, mas motivado a ver a desbanalização do que poderia ser tomado como banal para si mesmo e para outros homens: a condição de cada um a respeito do que sabe sobre o mundo e sobre si mesmo em relação à conduta na vida prática, na vida moral. No jogo de perguntas e respostas para cada transeunte de Atenas, Sócrates não tinha respostas para nada, ainda que tivesse um bom número de perguntas cujo objetivo era levar seus interlocutores a perceberem que o que sabiam do mundo e de si mesmos, especialmente no campo das verdades morais, era muito pouco, e que a condição de sábio, aquele que poderia se autoconhecer, só era justificável por aqueles que sabiam que nada sabiam.
A Critica da Razão e da Racionalidade
Entre a desbanalização do banal e o autoconhecimento que leva a se saber ignorante, há ainda uma outra acepção de filosofia, que apareceu na modernidade. Essa acepção ficou conhecida como a filosofia como um discurso da razão enquanto crítica da razão. Kant foi quem acreditou que o papel da filosofia era o de crítica de tudo aquilo que ela, e não só as ciências, poderiam dizer. Ele se propôs, então, a colocar a razão em um tribunal um tanto esquisito, uma vez que a razão estaria nele como ré e juiz ao mesmo tempo. Foi a época na qual a filosofia se transformou, basicamente, em epistemologia, perguntando não mais coisas a respeito do mundo (humano, social, físico), mas sim, especificamente, sobre o conhecimento; ou mais exatamente sobre as condições do conhecimento e da normatividade, sobre os limites da razão na sua tarefa de produção do saber e de delimitação das normas de conduta.
Kant perguntou sobre as condições do conhecimento e da liberdade de agir e, assim, elaborou a crítica da razão, tanto da razão teórica a que conhece quanto da razão prática a que julga e que é responsável pela conduta moral, sendo que também esboçou algo semelhante em relação ao aparato capaz de fazer juízos estéticos. Mas Kant fez essa crítica, em grande medida, sem levar suficientemente a sério a história.
Ora, Marx, por sua vez, tendo lido Hegel, o filósofo que racionalizou a história e historicizou a razão , levou adiante a idéia da filosofia de Kant como uma busca pela crítica da razão, mas uma razão banhada na racionalidade dos homens no mundo histórico. Daí que a crítica de Marx não era somente uma crítica da razão, tomada em um sentido epistemológico puro, mas a crítica da racionalidade da vida humana enquanto vida social e econômica. Não à toa, portanto, a obra máxima de Marx, O Capital, vinha com o subtítulo "crítica da Economia Política". A racionalidade humana enquanto impregnada no âmbito sócio-histórico havia sido descrita pelos teóricos da "Economia Política", mas Marx achava que eles não haviam levado em conta um estudo crítico, ou seja, um estudo capaz de revelar limites, condições e pressupostos de suas próprias conclusões. O conhecimento da vida econômica e social dos homens deveria passar por uma atividade que, hoje, podermos chamar de epistemologia social crítica.
A Terapia da Linguagem
Os filósofos do Círculo de Viena e Wittgenstein fizeram uma revolução na filosofia. Para eles as atividades de desbanalização, de adquirir o saber ignorante e de crítica só tinham algum sentido se fosse levado em conta que tudo isso estava impregnado da idéia de que a filosofia, desde sempre, procurou por algo que, talvez, não fosse lá muito correto de se procurar: um ponto arquimediano, ou seja, uma âncora que ligasse pensamento ou linguagem ao mundo. Em outras palavras, a filosofia teria sido, de alguma forma, desde sempre, uma metafísica, e a metafísica seria apenas um grosseiro erro provocado por uma linguagem excessivamente rebuscada. A filosofia, ao ter se dedicado à busca de fundamentos metafísicos que envolviam a criação de uma linguagem descuidada, teria se enredado em um sem número de problemas, todos eles, na verdade, pseudoproblemas, pois adviriam de confusões criadas por um uso indevido das palavras, sentenças, proposições etc.
Alguns desses filósofos, então, acreditaram que a filosofia poderia ainda ser crítica, mas crítica da linguagem, de modo a revelar o que é que haveria de puro e realmente sólido por baixo de tantas frases meramente alusivas, metafóricas etc, na nossa linguagem, tanto quando falamos no cotidiano quanto quando falamos cientificamente. Outro grupo nunca achou que a atividade de análise da linguagem, que seria então a atividade par excellence da filosofia, deveria cumprir uma função crítica, desveladora, iluminista, mas que ela seria, sim, apenas um terapia da linguagem: ela teria menos a ver com "resolver problemas" e mais a ver com "dissolver pseudo-problemas". De Nietzsche aos positivistas lógicos e filósofos analíticos do século XX, muitos quiseram ver o fim da metafísica adotando uma postura que incidiu em colocar a linguagem na sala de cirurgia.
A Redescrição de Nós Mesmos e a Liberdade
Quando perguntaram a Richard Rorty qual era o livro mais importante do século XX, ele citou as obras de Freud que mudaram a imagem que tínhamos de nós mesmos. Certamente, se a conversa fosse sobre outros séculos, Rorty teria falado de Darwin, de Jesus etc., ou seja, todos aqueles que contribuíram para gerar discursos capazes de descrições inovadoras sobre nós mesmos, os "bípedes sem penas". A tarefa da filosofia, para o neopragmatismo de Rorty, é basicamente a tarefa de poder nos dar imagens de nós mesmos com as quais possamos estar mais seguros de que temos mais potencialidades do que até então contávamos para nós mesmos. Sendo assim, a tarefa da filosofia seria a de colaborar com um discurso que nos convencesse continuamente de que podemos ser mais livres.
Rorty, como Hegel, gosta de ver a história como caminhando em direção à liberdade, ainda que diferentemente de Hegel ele não acredite que a história tenha um caminho. Mais liberdade, para Rorty, é algo que só pode ser alcançado se sobrepusermos imagens sobre nós mesmos que nos convença que podemos ser mais do que somos: mais plurais, mais leves, mais soltos, mais audaciosos, mais diferentes, mais livres, enfim, capazes de usar dessa liberdade para a construção de sociedades democráticas onde sejamos mais diferentes, mais livres, mais plurais, mais leves, mais soltos e mais audaciosos. Todavia, diferente de toda e qualquer outra filosofia ou doutrina, esta não seria uma doutrina sobre o que é o mundo, capaz então de nos dizer que nossa ação está fundamentada, mas sim um teoria sobre nós e o mundo que funcionaria ad hoc. Assim sendo, como teoria ad hoc, ela não poderia ser desbancada com a acusação de querer fundamentar qualquer saber, reivindicando para si a pseudo legitimidade de um saber de segunda ordem, eleito por si mesmo o eterno círculo denunciado pelos filósofos da Escola de Frankfurt que faz da filosofia não instância de saber mas, sim, instância de poder. Como teoria ad hoc ela seria bem mais útil.
A filosofia deve ser uma dessas descrições? Creio que sim e não. Ela pode ser, dependendo de como conversamos e do que queremos fazer, o conjunto dos objetivos postos por cada uma dessas acepções. Isso nos levaria a cair em contradições e, enfim, deixarmos de agir filosoficamente? Se não tomarmos cuidado, sim, mas se formos inteligentes, não.
Marília, Jardim Acapulco, 31 de maio de 2002

PRO DIA NASCER FELIZ

PRO DIA NASCER FELIZ


“Eu poderia ser uma adolescente normal se não tivesse uma família formada por 11 pessoas.
Eu deveria ser uma criança normal se não fosse as responsabilidades que eu cumpria.
Eu gostaria de gostar do que eu faço se não fosse obrigada a fazer.
Eu deveria freqüentar ambientes de lazer se não tivesse que trabalhar
Eu deveria reclamar quando dizem algo que eu não gosto, se não tivesse inspiração para descrever cada situação.
Eu poderia reivindicar quando sou julgada injustamente, mas calo-me e a humildade prevalece.
Eu deveria ter uma péssima impressão da vida se não fosse a paixão que eu tenho pelo viver.”
Valéria, 16 anos, Manari, sertão de Pernambuco

Vamos Refletir?

Para onde estamos indo?
Onde quero chegar?
Sou feliz?
Como eu seria Feliz?

Como minha vida está sendo vivida?
Estou me divertindo?
Ou apenas vivendo um dia após outro como se fosse um fardo a carregar?
Os outros me vêem como uma pessoa feliz?
Você já pensou nisto???

sites para consultas

Livro para consulta
Obra “Convite à Filosofia”, de Marilena Chaui, disponível em três endereços:http://geocities.yahoo.com.br/mcrost02/index.htmhttp://convfil.goldeye.info/http://convfil.fateback.com/


Links sobre Escola de Atenas
http://www.dm.ufscar.br/hp/hp902/hp902001/hp902001.html

http://www.aprendebrasil.com.br/articulistas/outrosOutros_lista.asp?artigo=artigo0005
2- Página elaborada pelos alunos
http://geocities.yahoo.com.br/ideiaspoliticas2004
http://www.mundodosfilosofos.com.br/presocratico.htm http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura
http://www.dm.ufscar.br/hp/hp902/hp902001/hp902001.html
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