domingo, 22 de abril de 2007

PROVA DE FILOSOFIA1

I – ASSINALE AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
1 – Seja a filosofia o que for está presente em nosso mundo e a ele necessariamente se refere. Certo é que ela rompe os quadros do mundo para lançar-se no infinito. Mas retorna ao finito para aí encontrar o seu fundamento histórico sempre original”. Jaspers, C, Introdução ao Pensamento Filosófico, S. Paulo, 1971 p138)
O filosófo Jaspers afirma que:
A - ( ) filosofar é algo muito profundo, ao alcance de poucas pessoa se sem nenhuma importância para o cotidiano dos seres humanos.
B - ( ) para filosofar é preciso transcender as circunstâncias em que estamos inseridos, mas sempre levando em conta as nossas raízes.
C ( ) a filosofia sempre permanece no plano das idéias sem nenhuma preocupação com suas origens.

2- “A idéia de atribuir a essência de todas as coisas a um único elemento fundamental foi extremamente importante, mesmo que para nós, ela possa parecer ingênua. Pela primeira vez na história, respostas sobre o funcionamento do mundo natural foram buscadas na mesma natureza e não por ações sobrenaturais dos diversos deuses”(Marcelo Glaiser)
As afirmativas do autor referem-se:
A – ( ) ao nascimento da ciência e da filosofia a partir das investigações dos primeiros filósofos, os pré-socráticos.
B- ( )às explicações dos fenômenos da natureza, valendo-se apenas das explicações míticas.
C – ( ) às investigações dos filósofos atenienses: Sócrates, Platão e Aristóteles.

3. –“ Ora, o que a Filosofia faz, na acepção tradicional que vem de Platão e Aristóteles, é justamente isto: ela põe certas perguntas que nos obriga a olhar o banal como não mais banal. Tudo com o qual estamos acostumados, fica sob suspeita, sob o crivo de uma sentença indignada, e então deixamos de nos verem acostumados com as coisas que até então estávamos acostumados!” (Paulo Ghiraldelli Jr)
Ghiraldelli afirma que:
A) ( ) Platão e Aristóteles preocupavam-se apenas em responder as perguntas com obviedade.
B) ( ) O papel da filosofia é fundamentalmente é desbanalizar o banal.
C) ( ) devemos nos acostumar com as coisas como elas se apresentam,de maneira passiva.

4. Refletir significa voltar o pensamento, pensar o que já foi pensado. Uma reflexão filosófica precisa ser:
A. ( ) radical no sentido de intransigente
B. ( ) radical no sentido de ir até a raiz dos acontecimentos.
C. ( ) livre no sentido de não seguir um método.


QUE QUESTÕES FILOSÓFICAS ESTÃO IMPLÍCITAS NOPOEMA DE DRUMMOND

Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
O meu nome é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
III . ELABORE UM PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE OS SEGUINTES TEXTOS:

1. O grego Epicuro (341-270a.C) tinha sua escola em um jardim – kepos – com árvores frutíferas que ele mesmo cultivava. Epicuro considerava a filosofia não como uma instrução e aquisição passiva de informações mas como uma atividade que, através de um generoso sentimento, a philia (amizade) ultrapassava a dimensão da sabedoria contemporânea e se expande em amor à humanidade. O logos filosófico traz a verdade iluminadora; é o discurso que se faz pharmakon (remédios) que dissolve crenças e superstições – fonte de medo e dos males da alma. Seu objetivo “não é instruir os homens, mas tranqüilizá-los”.
O pharmakon filosófico é o discurso terapêutico que busca a autarquia da alma e do corpo, o domínio da dor do corpo e da alma pela filosofia: “nunca se adie o filosofar quando se é jovem, nem (se) canse de fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz”. A noção de felicidade, por mais indeterminada que seja, é objeto da filosofia e da medicina. Para os gregos, a ciência era a busca da justa vida e do bem-viver. (Matos, Olgária. Filosofia a polifonia da razão)

2. 1. “Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo feitinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos”( Saint-Exupéry, A . de. O Pequeno Príncipe, p 700

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